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The Cove

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Hoje quero-vos falar sobre um documentário: o The cove, este retrata o pior pesadelo dos golfinhos de Taji, estreou em 2009 com uma dura veracidade. Ricgard O’ Barry e o realizador Louie Psihoyos e uma pequena equipa embarca numa missão secreta para conseguirem demonstrar uma horrível realidade. Posso dizer que no final de o visualizar me encontro em estado de choque, pois retrata tudo aquilo que nos é omitido. Como os pescadores disseram a Ric “Se o mundo descobrir o que se passa aqui, acabam-nos com o negócio.” E final, vocês devem estar a perguntar do que é que estou a falar. Já alguma vez param para pensar de onde vêm os golfinhos para fazerem espetáculos que deliciam tanto adultos como crianças? Pois bem, tudo isto começou com a grande série Flipper que estreou em 1964 e onde Richard tornou-se o mais famoso treinador de golfinhos. Mal ele sabia que tudo aquilo tornar-se-ia o maior erro da sua vida. Foi com esta série que se começou a despoletar o desejo de nadar, beijar, e abraçar estes animais tão simpáticos, e Ric afirma “Levei 10 anos a construir esta indústria e passei os últimos 35 a tentar destruí-la”. Foi com tudo isto que começou o maior pesadelo, pois, a partir deste momento, as capturas começaram a ser cada vez mais procuradas. No entanto existe uma outra razão para este homem tentar pôr fim ao cativeiro de golfinhos, e conta na primeira pessoa que o que lhe abriu realmente os olhos foi a morte de Flipper, nome fictício, mas cujo nome real era Kathy, “Ela estava mesmo deprimida. Eu bem o sentia. Eu via-o. E cometeu o suicídio nos meus braços. Eu sei que é uma palavra muito forte, mas têm de compreender que os golfinhos e as baleias  não respiram automaticamente como nós, cada inspiração é um esforço consciente, assim podem pôr termo à sua vida quando esta se torna insuportável não respirando na próxima inspiração. É nesse contexto que uso o termo “suicídio”. Foi o que ela fez. Ela nadou para os meus braços e olhou-me bem nos olhos, inspirou, e não voltou a inspirar. Eu larguei-a e ela afundou-se de barriga no fundo do tanque”. Pois é. Eu nunca imaginei que um golfinho pudesse cometer o suicídio. É quase impossível de se imaginar, mas até eles podem. E é então que tudo começa. Richard O’Barry nessa mesma noite decide libertar um golfinho no Laboratório Marinho de Lerner. Porém, no da seguinte, estava na prisão de Bimini. Este diz que foi a sua reação à morte de Kathy: libertar todos os que pudesse e refere que se houver algum golfinho em perigo em qualquer lugar do mundo, o seu telefone toca.
Chegou até a fazer greve de fome com mais duas pessoas: Jae Tipson e Jenny May, para combater o tráfico na Rússia. Porém, no décimo dia, Ric acabaria por desmaiar e como consequência terá sido hospitalizado, enquanto que uma das suas colegas seria assassinada numa praia com um cinto. E eu pergunto-me como que é possível  matarem-se pessoas por estarem a tentar melhorar uma situação? Enquanto tivera Flipper, apercebera-se que estes animais eram mais espertos do que podíamos pensar. “Compreendei que eles tinham consciência de si próprios e que quando tomamos consciência dessa inteligência não humana compreendemos que o lugar deles não é em cativeiro…” Quando entramos num espetáculo, a música a tocar e golfinho a saltar e a sorri, torna difícil ver o problema, mas quando os golfinhos sorriem, esse é o maior engano da natureza, pois cria a ilusão que estão sempre felizes” “Se entrarem em algum delfinário, encontram frascos de Maalox e Tagament: usam-nos porque os golfinhos ficam com úlceras devido à tensão que os treinadores os submetem, o stress mata-os, muitos morrem quando postos em cativeiro devido ao barulho da filtragem, pois eles são muito sensíveis aos sons”.
Mas o grande problema permanece em Taiji, pois é o maior fornecedor do mundo de golfinhos. Os pescadores esperam-nos nas rotas migratórias, a partir das embarcações colocam longas varas na água com um patim na ponta, e quando estes batem nessas estruturas, os martelos criam uma parede de som que os assustam, tudo isto com a intenção que estes se dirijam a uma lagoa e que quando lá cheguem, estejam apavorados e no limite de tensão, os homens selem-na e vão para casa. Só na manhã seguinte os treinadores dirigem-se até lá para escolherem os que querem levar para os delfinários. São levadas principalmente jovens fêmeas que serão posteriormente enviadas para diferentes partes do mundo, cada uma rendendo mais de 150 mil dólares (aproximadamente 112 mil euros). Esta é a verdadeira razão pela qual não se consegue pôr termo a toda esta captura, porque afinal está envolvido muito dinheiro e muito lucro. Todavia, não é só isso que preocupa Ric, é também o que faziam a todos os outros que estavam nas redes e não foram comprados. Pois é! Agora vem a maior atrocidade de todas: qualquer pessoa pode ver a captura mas é completamente secreto o lugar para onde levam os restantes e os chacinam, a água fica completamente vermelha, cheia de sangue, no entanto, só estes pescadores sabem deste terrível ato. E como se não bastasse comercializam a carne. Carne essa que esta cheia de mercúrio e é altamente tóxica, mas nenhum destes homens se preocupa com os malefícios. Apenas lhes interessa o dinheiro e o controlo de pragas, como o governo lhes faz acreditar que é por causa destes animais que existe um menos número de peixe consumível, o que é um absurdo, mas é fácil persuadir pessoas sem posses com uma boa quantia de dinheiro, e ainda se torna mais fácil quando estas são analfabetas e não percebem o quão insensato isto se torna.
Mas como podemos parar isto? Bem será quase impossível diria eu, mas se todos começassem a deixar de ir a espetáculos de golfinhos seria um bom começo para diminuir cativeiros e capturas. Eu sei que muitos me vão dizer que isto nem acontece em Portugal, mas estão enganados como referi em cima aquela lagoa é ponto de partida de golfinhos para todas as partes do mundo, e este é um problema a nível mundial visto que o Taiji continua a ser maior fornecedor e continuará a matar mais de 23 mil golfinhos por ano.

Aqui ficam algumas imagens desta atrocidade:


Espero que assistam ao documentário e pensem sinceramente 10 vezes antes de comprarem o bilhete para um espetáculo de golfinhos. É preciso acabar com este terrível cenário, e para isso é estritamente necessário acabar com os delfinários!

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